Rock in Rio 2024 terá novo palco, com curadoria musical de Zé ...
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Para a edição comemorativa dos seus 40 anos, que acontece nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro do ano que vem, na Cidade do Rock (no Parque Olímpico de Rio de Janeiro), o Rock in Rio prepara um novo palco: o Global Village. Em uma área de cerca de 7.500 metros quadrados, uma cenografia reproduzirá marcos arquitetônicos de todos os continentes.
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— Num mundo onde a cultura transborda, nossa equipe se inspirou em monumentos icônicos globais, ricos em representatividade para suas respectivas culturas, para dar vida a este inovador espaço — explica Ana Biavaschi, diretora de Rockreators da Rock World, empresa que criou, organiza e produz o Rock in Rio e o The Town.
Mas a grande atração do Global Village é a música, e ela terá curadoria do diretor acadêmico da Rock World, Zé Ricardo, e de Angélique Kidjo, cantora do Benin, estrela da música africana global, ativista social e assídua participante dos festivais da Rock World.
—Acredito que a música e a arte são a grande ponte da nossa sociedade. Neste momento difícil em que estamos vivendo, tão dividido e tão polarizado, essa é a única coisa que pode nos unir para acabar com o absurdo do ódio — diz Angélique, que atua como embaixadora do palco. — O propósito do Global Village é oferecer um espaço de oxigenação, de respeito, de discussão e de descoberta. Veremos e ouviremos músicos que se expressam em diferentes idiomas. E qualquer artista brasileiro pode chegar junto, porque a música está no DNA humano.
![Angélique Kidjo — Foto: Leo Martins](/thumb/phpThumb.php?src=https%3A%2F%2Fs2-oglobo.glbimg.com%2FgjiyyZTxdHH0K_19eY7Y_CyJuco%3D%2F0x0%3A5200x3467%2F984x0%2Fsmart%2Ffilters%3Astrip_icc%28%29%2Fi.s3.glbimg.com%2Fv1%2FAUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8%2Finternal_photos%2Fbs%2F2023%2Fg%2FI%2FwMJmcqQBe292aeXTUHRA%2F102679330-sc-rio-de-janeiro-rj-10-04-2023-entrevista-com-a-cantora-e-ativista-beninense-angelique.jpg&w=728&hash=d6bf795e73cd40e86e4594eab4301a76)
Segundo Angélique, um pré-requisito para os artistas que participarão do palco é “serem, de certa maneira, embaixadores também”:
— Serão bem-vindas as pessoas que nos trazem algo, que enriquecem a cultura, é isso que a música faz.
Cantora que nos últimos anos gravou álbuns dedicados à obra dos americanos do Talking Heads e da cubana Celia Cruz, Angélique Kidjo credita aos pais o ecletismo que a ajudou a se tornar embaixadora do Global Village.
— Cresci ouvindo músicas de todo o mundo, não havia fronteiras. Então, não há música que não possa ser minha. Todas as músicas deste planeta têm a África como origem, o Homo sapiens veio da África! — diz. — A música africana teve um impacto incrível no samba e na bossa nova. Seu país é um exemplo perfeito da osmose entre a música clássica e a música tradicional africana. É isso que torna a MPB completamente diferente de tudo.
Presidente da Rock World, Roberto Medina comemora o novo palco do festival:
—Desde sempre, a Cidade do Rock representou o que acreditamos ser um mundo melhor: respeito à diversidade, valorização das conexões, grandes emoções coletivas vividas ao vivo, atitude consciente com o meio ambiente e com as pessoas, clima de paz independente das diferenças, celebração e energia positiva em torno da música, arte e cultura — enumera. — O Global Village faz com que toda essa atmosfera de mundo melhor da Cidade do Rock transborde globalmente. É um manifesto pela paz em um local onde o mundo inteiro vai se conectar.