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Cartas ao director

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E que tal se fôssemos sinceros?

E que tal se fôssemos sinceros?

É-nos dito que, ao fornecer armamento à Ucrânia, estamos a defender a democracia contra quem a ameaça, a Rússia, que já cometeu barbaridades amplamente relatadas. Não sei se é legítimo comparar os horrores que vimos em Bucha e Mariupol com os de Rafah. Naqueles, os agredidos tiveram o respaldo do Ocidente, traduzido em fornecimento do que há de melhor na indústria da guerra. Já os palestinianos, ainda que não possuindo apenas as pedras da Intifada, de pouco mais dispõem do que do apoio moral das democracias ocidentais, que é bom de sentir, mas não mata a fome nem ganha guerras.

A geopolítica, por definição, é hipócrita. Refugia-se em explicações dirigidas à indolente aceitação popular, mas enreda-se nos próprios argumentos, ora justificando ora condenando os mesmíssimos factos. Seria bom que a coerência imperasse na comunicação “oficial” que nos chega, sem se esconderem as verdadeiras causas que se defendem. No caso, as democracias “liberais”, mas também os interesses económicos nelas instalados, como os da indústria armamentista, sobre a qual Eisenhower, premonitoriamente, expôs as suas enormes reservas. E ele sabia do que falava, como agora, parece-me, está bem à vista de quem quer ver.

José A. Rodrigues, Vila Nova de Gaia

Provas do século XXI

À boleia do artigo de Andreia Sanches no PÚBLICO de 08-06-2024, “Exames do século XX”, gostava que se acrescentasse uma reflexão sobre as provas de aferição para alunos de sete anos de idade, estas do século XXI. Concordo que deva haver exames nacionais para níveis de escolaridade avançados com um peso adequado na avaliação final, mas com muito maior destaque e relevância para a avaliação formativa e contínua. Contudo, as imaturas crianças do 2.º ano, em muitos casos, ainda não têm consolidadas as suas competências de leitura, escrita e cálculo. Submetê-las a provas uniformes e formais a nível nacional é uma atrocidade que se agrava pela controvérsia dos seus propósitos e resultados. A estrutura e a metodologia com que são elaboradas são de excelente qualidade. No entanto, a complexidade da linguagem dos enunciados e a extensão das provas não são compatíveis com o seu público-alvo. O seu cancelamento seria uma atitude sensata.

José M. Carvalho, Chaves

Comentadores independentes?

O aparecimento de Sebastião Bugalho como candidato da AD ao Parlamento Europeu confirmou que, por uma questão de transparência, das TV e restantes órgãos de comunicação social, devem ser catalogados os seus comentadores como membros, apoiantes ou simpatizantes de determinado partido ou área política.

No anterior governo PS, Pedro Adão e Silva também deixou o seu estatuto de comentador para assumir o cargo de ministro da Cultura. No actual Governo AD, a sua secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Isabel Xavier, também era comentadora da RTP, nomeadamente em questões internacionais. Além de lugares de candidatos e membros do Governo, também existem nomeações para organismos públicos, como o caso recente de Ricardo Arroja, nomeado para presidir à Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

Alguns comentadores estarão sobejamente identificados pelos cargos partidários, governamentais e outros que assumiram. Mas, mesmo para esses, é útil a indicação da área política da sua simpatia ou em que se situam, considerando que os telespectadores, ouvintes e leitores não estão todos ao mesmo nível de recepção da informação/comentário, seja pela idade ou pela formação e interesse no acompanhamento da situação política. Normalmente, ao estatuto de comentador ou politólogo, é associada a característica de independência para tentar reforçar a credibilidade. Mas de comentadores independentes está o inferno cheio…

Ernesto Silva, Vila Nova de Gaia

Saúde pública

Quem telefonar para a Saúde 24, à noite, após o atendimento, recebe um SMS com instruções. Instruções que informam que, caso não seja contactado pelo seu centro de saúde no dia seguinte até às 12h, deverá dirigir-se lá. Chegados lá, percebemos que o centro de saúde, no meu caso o Centro de Saúde Barão de Nova Sintra, no Porto, não telefona. Não segue o protocolo da SNS24, diz a funcionária do atendimento. Para ser atendida, tem de vir cá às 8h da manhã. Mas pode vir e não ter vaga para o dia.

Telefono de novo para a Saúde 24. Explico a situação. Face à perplexidade, o enfermeiro diz-me que o centro de saúde irá escrever uma carta a reencaminhar a minha consulta para o dia seguinte para o SASU (Serviço de Atendimento Complementar). O Centro de Saúde Barão de Nova Sintra diz que não escreve carta nenhuma. Que não têm esse protocolo.

Rosário Forjaz, Porto

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