Quem cala consente? "Silêncio de Nuno Rebelo de Sousa é ...
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País
Análise
Nuno Rebelo de Sousa recusou responder a todas as perguntas na comissão de inquérito ao caso das gémeas, tendo invocado o direito ao silêncio por ser arguido no processo-crime. Uma situação "muito desconfortável" não apenas pela parte do filho de Marcelo, como também pelos deputados, segundo o comentador SIC Paulo Baldaia.
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O filho do Presidente da República participou esta quarta-feira na comissão de inquérito ao caso das gémeas por videoconferência, mas Nuno Rebelo de Sousa invocou o direito ao silêncio, uma vez que é arguido. Apesar de todas as perguntas terem ficado por responder, os deputados, ainda assim, interpretaram na "lógica de quem cala consente", disse Paulo Baldaia, comentador SIC, na Edição da Manhã.
"Se é muito desconfortável ver o silêncio do filho do Presidente, eu diria que não é menos desconfortável ver a forma como os deputados interpretaram estes silêncios. Nuno Rebelo de Sousa foi à comissão para ser ouvido. É verdade que não disse nada, mas ouviu de tudo. Ouviu os deputados a chamar-lhe cobarde, Robin dos Bosques, ou até lobista. Portanto, interpretaram os seus silêncios com uma dose muito grande de populismo", acrescentou.
O jornalista não deixou de referir que este silêncio é "desconfortável e desconfortante" tanto para quem está a ouvir a comissão de inquérito, como também para os deputados, mas estes têm "saber gerir essa frustração". Aliás, ninguém "pode tirar a conclusão de que [Nuno Rebelo de Sousa] recebeu dinheiro, simplesmente só porque não disse que não recebeu".
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Marcelo fica numa situação desconfortável?
Para Paulo Baldaia, Nuno Rebelo de Sousa "não tem, desde o início, cuidado nenhum com o facto do pai ser Presidente da República e ter estado no olho do furacão".
"Portanto, o mínimo dos mínimos que se exigia a Nuno Rebelo de Sousa é que fosse capaz de dar respostas a coisas que são básicas", acrescentou.
Assim, Marcelo é quem acaba politicamente por sofrer as consequências do comportamento do filho, dado que já "prejudicou e muito" a popularidade do pai, Presidente da República.
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