Topics quentes fechar

Noam Chomsky vive, a sua inspiração prospera

Noam Chomsky vive a sua inspiração prospera
O rumor da morte do linguista e intelectual norte-americano circulou esta terça-feira em várias páginas noticiosas mas acabou por ser desmentido. Afinal teve até alta do hospital em que estava. A dimensão e intensidade da reação a estas notícias d

Esta terça-feira, um rumor espalhou-se rapidamente pela Internet, foi reproduzido em várias páginas noticiosas do mundo inteiro e começaram a chover homenagens: Chomsky tinha morrido.

Sabia-se que o intelectual norte-americano se encontrava hospitalizado em São Paulo na sequência de um AVC e muitas destas notícias chegavam precisamente do Brasil. Algum tempo depois, chegaram os desmentidos, nomeadamente o da sua mulher. Finalmente, a notícia do dia foi em sentido contrário: de acordo com a Globo recebeu alta do hospital Beneficência Portuguesa.

A dimensão do fenómeno que acompanhou este rumor é contudo significativa do apreço pela sua estatura intelectual e pelo seu percurso político crítico.

Quem é Chomsky?

Avram Noam Chomsky nasceu em 7 de dezembro de 1928 em Filadélfia, Pensilvânia, Estados Unidos, a 7 de dezembro de 1928, numa família de origens judaicas, o pai originário da Ucrânia, a mãe nascida nos EUA mas de raízes bielorrussas.

Formou-se em Filosofia e Linguística na Universidade da Pensilvânia e tornou-se depois investigador no campo da linguística na Universidade de Harvard entre 1951 e 1955. A partir daí e até à sua reforma passou a ensinar no Massachusetts Institute of Technology.

O seu livro de 1957, Syntactic Structures, no qual resume a sua tese de doutoramento e a sua “gramática generativa” transformaram a sua área de estudo ao nível mundial.

Defendia que todos nascemos com uma “gramática universal” uma estrutura profunda que seria comum a todos os seres humanos. Ou seja, uma espécie de caixa de ferramentas interpretativas inata que nos adquirir os princípios básicos de uma língua em particular.

Paralelamente com a atividade académica, desenvolveu uma intensa atividade política que acompanhou com vários estudos críticos da política externa norte-americana e do funcionamento dos meios de comunicação social. Sempre à esquerda, numa perspetiva de socialismo libertário e com militância no sindicato Industrial Workers of the World.

Desde muito cedo que este envolvimento se fez notar. Tinha apenas dez anos quando escreveu um primeiro artigo sobre os perigos do fascismo. Barcelona tinha caído então nas mãos do franquismo.

E aos 12 identificava-se como anarquista. Depois veio a resistência à guerra do Vietname, assumindo a causa num artigo marcante, The Responsibility of Intellectuals, publicado no The New York Review of Books em 1967 . E muitas outras tomadas de posição como o apoio à causa timorense, a oposição à invasão do Iraque, a defesa do povo palestiniano.

Escreveu livros como "American Power and the New Mandarins", "Human Rights and American Foreign Policy", “Requiem for the American Dream: The 10 Principles of Concentration of Wealth & Power” e “Manufacturing Consent: The Political Economy of the Mass Media”. Redigiu também inúmeros artigos, vários dos quais publicados no Esquerda.net, e multiplicou-se em conferências pelo mundo inteiro.

Shotes semelhantes
Arquivo de Notícias
  • Valença
    Valença
    Vai nascer em Valença um Centro Tecnológico Especializado
    20 Dez 2023
    3
  • Barcelona FC
    Barcelona FC
    Desporto Luís Frade: «O objectivo para o FC Barcelona é sempre ...
    30 Abril 2024
    16
  • Davos
    Davos
    Davos: a globalização está de boa saúde e recomenda-se
    23 Maio 2022
    2
  • Sberbank
    Sberbank
    BCE alerta para risco de falência de subsidiárias do banco russo Sberbank
    28 Fev 2022
    1
  • Lyon Porto
    Lyon Porto
    Os convocados do FC Porto para Lyon
    16 Mar 2022
    4
Shotes mais populares dessa semana