Filhos vieram desarrumar a vida de Marie Kondo

“A minha casa está desarrumada”. Citada pelo Washington Post, foi assim que a japonesa Marie Kondo, conhecida pelas suas técnicas perfeitas de arrumação de casa, contou ao mundo que fez uma pausa nas tarefas de organização do seu próprio espaço. “A forma como estou a gastar o meu tempo é a maneira correta para mim nesta fase da minha vida”, referiu, explicando que agora tentar passar tempo de qualidade com os filhos. A mudança aconteceu de facto com o nascimento do terceiro filho, em 2021, contou.
“Até agora, fui uma organizadora profissional, por isso dava o meu melhor para manter a minha casa sempre arrumada”, disse Kondo. “Desisti mais ou menos disso de uma forma que é positiva para mim. Agora percebo que o mais importante é passar tempo de qualidade com os meus filhos em casa”, acrescentou ainda.
Marie Kondo tornou-se um fenómeno, muito devido às duas séries da Netflix – “Marie Kondo: A Magia da Arrumação” e “Marie Kondo: A Magia do Dia a Dia” – que protagonizou. As suas dicas passaram a estar por todo o lado, inclusive nas redes sociais, e uma delas consiste, por exemplo, em doar as peças do guarda-roupa que menos se usam, ficando apenas as roupas que despertem o sentimento de alegria. Depois, dobrar as peças que ficam até conseguir formar retângulos pequenos e guardá-los de pé na gaveta: além de ocupar menos espaço, este método permite visualizar todas as peças, lado a lado, em vez de estarem umas em cima das outras.
No seu mais recente livro, “ Kurashi em casa de Marie Kondo: Como organizar o seu espaço e alcançar a vida ideal ”, Kondo expande o conceito japonês de kurashi, ou “modo de vida”. Ao longo das páginas, a profissional oferece truques e maneiras simples de trazer calma e felicidade para as coisas quotidianas.
Filha de um médico e de uma dona de casa, Marie Kondo cresceu em Tóquio, Japão, juntamente com os dois irmãos. Tinha apenas 5 anos quando começou a interessar-se pelos princípios do feng shui (a organização do espaço, preservando as suas energias positivas). Aos 15, a obsessão pela organização deixou-a perto de um esgotamento nervoso. Essa experiência traumática levou-a a inverter a sua filosofia: em vez de se focar em coisas para deitar fora, passou a dar prioridade aos objetos que queria manter.