V. Guimarães-Gil Vicente, 4-0 (crónica)
Sentido único; confirmado o destino inevitável no Minho: o Vitória de Guimarães impôs-se perante o Gil Vicente, regressando aos triunfos na Liga com uma prestação convincente a resultar num triunfo confortável (4-0). Chucho Ramirez, um autogolo, Manu Silva e Nelson Oliveira abanaram as redes.
Vitória incontestável dos conquistadores, que entraram em campo com a rota definida. Em contraponto, o Gil subiu ao relvado do D. Afonso Henriques sem destino, por becos sem saída e sem motores a carburar. Prestação paupérrima do conjunto de Bruno Pinheiro naquela que foi a quarta derrota consecutiva no campeonato, sendo completamente abalroado pela alta velocidade vimaranense.
Apostado em não perder o comboio europeu, o Vitória entrou a todo o gás no encontro, relegando por completo o Gil para missões defensivas. O conjunto de Barcelos já estava preparado para essa abordagem, mais expectante, acabando empurrado para a sua área.
Com este figurino, a conjunto de Rui Borges – com seis alterações comparativamente com o empate a uma bola no Cazaquistão frente ao Astana – impôs sentido único ao duelo minhoto. Gil Vicente fez apenas um remate à baliza, ao minuto 34, com Fujimoto a atirar ao lado na única aproximação à área adversária.
AO MINUTO: os principais lances do jogo
Por outro lado, o Vitória ia ficando à beira de um ataque de nervos com os ataques e catadupa a não surtirem efeito. Os vimaranenses traçaram vários lances de perigo, conquistaram vários cantos e fizeram a bola rondar a baliza de um Andrew inspirado na baliza gilista.
À meia hora de jogo o guarda-redes fez uma defesa assombrosa a negar a Nuno Santos golo num livre direto, vendo aos 42 minutos a bola embater na trave. O golo acabaria por chegar em cima do derradeiro minuto do primeiro tempo. Recuperação de bola de Manu em zona adiantada, seguindo o cruzamento para o remate de primeira de Nuno Santos. Andrew ainda fez uma primeira defesa, mas estava lá Chucho Ramires para recarregar para o fundo das redes.
Se o final da primeira parte deu a vantagem ao Vitória, no reatar do encontro os conquistadores chegaram ao segundo golo e desbloquearam por completo o jogo. Se o Gil já pouco, ou nada, tinha feito, com o segundo golo encaixado teve um duro revés a uma hipotética reação.
Foi uma questão de ir vendo o resultado avolumar-se. Manu Silva, um dos elementos em destaque marcou o terceiro ainda antes de cumprida uma hora de jogo, num pontapé de canto, e já na reta final foi Nelson Oliveira a fazer o quarto num lance em que o VAR teve esmiuçar os centímetros do fora de jogo.
Regresso aos triunfos do Vitória no campeonato, mantendo-se na perseguição aos lugares que garantem um lugar nas competições europeias na próxima temporada. Segue-se a deslocação à Luz.
A FIGURA: Manu Silva
Substituto de Tiago Silva ao lado de Handel, o médio destacou-se em vários capítulos do jogo. Imperial no meio campo, povoou o centro do terreno, impediu o Gil de esboçar momentos ofensivos e foi um dos primeiros a pegar no jogo. é de uma recuperação sua de bola que nasce o primeiro golo, marcando de cabeça o terceiro do conjunto vimaranense.
O MOMENTO: golo de Chucho Ramirez (45’)
O desespero começava a pairar com tantos lances ofensivos a não resultarem em golo. Foi preciso chegar ao derradeiro minuto da primeira parte para o sentido único do Vitória SC dar frutos. Recuperação de Manu a cruzar para o remate de primeira de Nuno Santos. Andrew ainda defendeu, mas ada pôde fazer face à recarga de Chucho Ramirez.
NEGATIVO: Gil Vicente inoperante
Quarto desaire consecutivo do Gil Vicente na Liga, com uma prestação demasiado pálida no D. Afonso Henriques. Bruno Varela não foi mais do que um assistente face à inoperância gilista. O conjunto de Bruno Pinheiro não conseguiu articular jogos, cometendo demasiados erros.