Red Bull alcança o crime perfeito da F1. Carro pode ter sido ...
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Em teoria, a alteração pode ser realizada por um mecânico durante os habituais trabalhos de avaliação e manutenção do carro que acontecem no período entre a qualificação e a corrida.
O problema é que, depois da qualificação, os carros entram em período de parque fechado – chamado de “parc fermé” na gíria do desporto motorizado –, durante o qual o número de alterações que as equipas podem fazer aos carros é limitado a 22 mudanças específicas. Essas regras são tipicamente quebradas quando, depois de um acidente na qualificação, uma equipa precisa de reconstruir parte do carro, ou de forma estratégica, quando interessa a uma equipa fazer mais alterações que as permitidas para a corrida, e levam o carro em causa a partir para a corrida da via das boxes.
Alteração pode melhorar significativamente o comportamento do carro
A parte em causa é habitualmente chamada de “T-tray”, e está na frente do fundo do carro - logo atrás do eixo dianteiro, mas à frente dos túneis no fundo do carro que geram grande parte da carga aerodinâmica que cola os monolugares de F1 à pista. Ou seja, o desenho desta peça influencia como o fluxo de ar se comporta debaixo dos carros, já que acelerar o ar através de vórtices aumenta a carga aerodinâmica e também pode melhorar a eficiência do difusor na traseira do carro.
O espaço entre o fundo dos carros de F1 e o asfalto da pista sempre foi importante – quanto mais perto do asfalto, mais potente o efeito aerodinâmico, permitindo aos carros maior estabilidade e velocidades em curva. A mudança de regras em 2022, que eliminou os fundos planos e fez regressar o chamado “efeito solo”, aumentou exponencialmente a importância deste fator.