Dia dos Namorados: dicas para planejar o futuro do relacionamento

Tomar a decisão de ‘juntar as escovas de dente’ implica em fazer e dividir a rotina, e principalmente: as contas. Para alguns, pode ser uma tarefa desafiadora, afinal, a renda dobra, mas os gastos também. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de divórcios no País cresceu 75% em cinco anos e, no meio do ano passado, o total de divórcios saltou para 7,4 mil apenas em julho, um aumento de 260% em cima da média de meses anteriores. A vida financeira figura como um dos principais motores dessas separações, que se agravaram durante a pandemia. Mas como evitar este tipo de problema?

Não tem uma receita de bolo que funcione para todos os casais, cada relação é de uma maneira e o importante é encontrar o que funciona, em todos os casos, a regra principal é a conversa.

Thiago Godoy, educador financeiro da Rico, explica que o assunto sobre finanças tem que acontecer o quanto antes, e de forma natural. “Às vezes o casal fica preocupado por achar que é um assunto que vai magoar, mas muito pelo contrário, ter uma conversa sincera sobre o cenário financeiro do casal pode reduzir uma mágoa futura que venha a acontecer”, conta Godoy.

O combinado não sai caro.

No começo do relacionamento, tudo é um mar de rosas, mas é preciso planejar e descomplicar a situação para que o casal possa seguir sem dores de cabeça no futuro.

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O educador financeiro recomenda que os casais conversem sobre sonhos, projetos de vida e objetivos. Isso inclui tudo. Se uma das partes quer ter filhos, se quer fazer uma viagem específica, morar na cidade ou morar no campo, casar ou comprar uma bicicleta.

“Quando o casal entende onde quer chegar em um determinado período de tempo, o caminho se torna o esforço”, recomenda.

O casal quando se junta, forma uma equipe. É como se fosse uma empresa, que precisa alinhar os desejos futuros para começar a trabalhar no presente.

Além de pensar como um casal, as partes não podem deixar sua individualidade de lado, afinal, as pessoas são criadas de formas distintas, ainda que possuam uma situação socioeconômica parecida, o uso do dinheiro é muito pessoal.

Mesmo que alguns sonhos sejam compartilhados, o educador financeiro recomenda que se tenha uma conta de banco individual e investimentos individuais. E aí, se o casal julgar válido, vale abrir uma conta conjunta, mas sem deixar a individualidade de lado.

“É preciso separar os objetivos pessoais e conjuntos, antes de um casal, você é um indivíduo. O relacionamento fica melhor com objetivos individuais também”, comenta.

Quando o assunto é dividir as contas, Godoy explicatem que se levar em consideração qual é a renda de cada um. Se os valores recebidos forem parecidos, a divisão pode ser feita de forma igual. Agora, em casos onde a renda é muito discrepante, é justo que quem tem a renda maior, contribua com mais.

Para os casais que vão morar junto, ou os que já moram juntos e nunca tiveram uma conversa franca sobre a situação financeira, a recomendação é expor as situações financeiras de ambas as partes, entender o padrão de vida de cada um, entender qual é a renda disponível, os gastos que entrarão na conta, e aí definir valores para se poupar.

Assim como em todos os âmbitos do relacionamento, quando o assunto é finanças, a história não muda. O mais importante é ter sinceridade e diálogo para expor os objetivos, ganhos e eventuais dívidas.

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