Análise: desfigurado, Corinthians melhora com substituições e ...

Até Alex Santana balançar as redes, aos 20 do segundo tempo, o Corinthians nem sequer tinha chutado a gol. Já do outro lado, o Novorizontino mandou bola na trave, perdeu pênalti e exigiu grandes defesas de Hugo Souza, o destaque da partida.

O desempenho ruim do Timão não gera preocupação e é fácil de entender. Com apenas um dia para preparar a equipe para esse jogo, já que houve duelo contra o Noroeste no sábado, Ramón Díaz priorizou o aspecto físico na escolha de seus titulares e, para evitar lesões, optou por uma escalação que já indicava dificuldades.

Jogar com dois centroavantes não é fácil e ficou ainda mais complicado com o meio de campo inoperante do Corinthians. O tripé formado por Alex Santana, Ryan e Charles tinha dificuldade para iniciar as jogadas, e o garoto Luiz Eduardo esteve extremamente discreto em sua estreia como titular.

Além do meia, outra novidade na equipe foi o jovem lateral-direito Jacaré, de 18 anos. Ele demonstrou certo nervosismo no início, sobretudo com a bola nos pés, mas foi entrando no jogo aos poucos e deu conta do recado na marcação.

Após um primeiro tempo tenebroso, em que não criou nada e ainda levou sufoco atrás, o Corinthians melhorou com as substituições de Ramón Díaz.

Romero e Giovane entraram nos lugares de Charles e Yuri Alberto, e a equipe ganhou mais intensidade. O paraguaio foi escalado fora de sua posição habitual, como armador, e mesmo assim foi bem. Deixou o time mais móvel, cavou faltas e conseguiu fazer com que a bola chegasse mais aos homens da frente.

Depois, Ramón Díaz colocou Matheus Bidu como um ponta esquerda e também passou a levar mais perigo por aquele setor. Héctor Hernández teve pouco tempo em campo, mas foi outro que ajudou a melhorar o time.

• Posse de bola: 44% x 56%
• Finalizações: 23 x 3
• Finalizações no alvo: 8 x 3
• Passes completos: 171 x 211
• Passes incompletos: 69 x 82
• Desarmes: 6 x 2
• Faltas cometidas: 16 x 9
• Escanteios: 10 x 3

Desta partida, o Corinthians leva os três pontos e praticamente mais nada. E isso está de ótimo tamanho pelas circunstâncias. Não se pode normalizar uma equipe fazer quatro partidas em nove dias.

Com a classificação para a fase final do Paulista encaminhada, o Timão tem pela frente um jogo de um campeonato à parte. O clássico contra o Palmeiras, na quinta, tem o potencial de elevar ainda mais a moral desse time, mas, a depender do resultado, também pode gerar dúvidas e questionamentos, tal qual foi após a derrota para o São Paulo, na semana passada. Vem aí o segundo grande desafio para Corinthians na temporada.

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