O que já se sabe sobre o caso da portuguesa assassinada em São Tomé (e o MNE português já reagiu)
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Catarina morreu num cenário parecido com o paraíso. Tinha 51 anos e foi assassinada no hotel onde trabalhava no Norte da ilha de São Tomé. A comunidade local está em choque. Viam-na como uma mulher amável, de quem todos gostavam.
“Não podemos dizer nada. Não queremos interferir com o trabalho da polícia” que está a investigar o crime, diz ao Expresso Tiziano Pisoni, cidadão italiano proprietário da unidade hoteleira onde Catarina Barros de Sousa trabalhava há dois anos.
As informações disponíveis continuam a ser escassas mas o Expresso sabe que na passada segunda-feira alguém golpeou Catarina no hotel Mucumbli, um “alojamento de turismo selvagem” — de acordo com a descrição que dele encontramos no site ‘Bookings’. O crime aconteceu por volta das 19h locais, de acordo com a as informações do proprietário do hotel. “Catarina Barros de Sousa terá sido atacada por alguém pois o seu corpo sem vida foi encontrado estatelado no chão ensanguentado do seu gabinete”, escreve o site “Téla Non”.
Dupla nacionalidadeCatarina Barros de Sousa vivia há 11 anos em São Tomé e Príncipe e tinha dupla nacionalidade. O Expresso tentou contactar Maribel Rocha, diretora da Polícia Judiciária de São Tomé e Príncipe, entidade responsável pela investigação do crime, e também contactar a embaixada de Portugal em São Tomé - mas sem sucesso.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros “tem conhecimento deste caso, que está a ser acompanhado pela Embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe”. “A missão portuguesa está em contacto com as autoridades são-tomenses responsáveis pela investigação e continuará a acompanhar de forma muito atenta todos os desenvolvimentos”, diz ao Expresso a assessoria de imprensa do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas.
De acordo com o Diário de Notícias, “não se tratou de um roubo já que nada desapareceu”. “Circularam mesmo imagens do corpo estendido no gabinete onde são visíveis vários objetos como telemóvel, computador portátil. As suspeitas sobre um funcionário devem-se a alegadas ameaças que terá lançado após a portuguesa lhe ter movido um processo disciplinar e descontado o salário por faltas ao trabalho”.