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Apple confirma lançamento de óculos de realidade virtual para 2024

Apple confirma lançamento de óculos de realidade virtual para 2024
E agora algo que realmente promete ser diferente: ao cabo de uns quantos iPhones sem uma novidade estrondosa, a Apple entrou para o ringue da realidade virtual com os Vision Pro. Será que dá mesmo para usar o dia todo? Só em 2024 se tiram as teimas

Como já é tradição tudo começou com um rumor, mas contra tudo o que foi feito antes, esta segunda feira, a Apple anunciou algo que não tinha: uns óculos que tanto dão para realidade virtual como para realidade aumentada.

Vision Pro é o nome do dispositivo que, provavelmente, terá o objetivo de fazer à realidade aumentada e à realidade virtual aquilo que o iPhone fez a todos os outros telemóveis na primeira década do século. A estreia está agendada para o início do próximo ano, mas apenas nos EUA. Só ao longo de 2024 os Vision Pro haverão de se expandir para outros mercados. E por isso, o único preço conhecido em dólares – 3499 no total. Que talvez até possam converter-se num número parecido de euros quando chegarem à Europa.

Quem acompanha os eventos da Apple já se habituou a ouvir que a versão mais recente do produto em questão – seja ele qual for – é a melhor que alguma vez foi criada. E às vezes é mesmo verdade. Mas desta vez, a promessa de qualidade máxima garantida tem outra versão. “É o dispositivo eletrónico mais avançado algumas vez criado”, prometeu a marca da maçã mordida. O que eleva a fasquia para os consumidores, mas também pode ser um sinal de que, na mais redonda das sedes empresariais de Cupertino, no californiano Silicon Valley, há a convicção de que os Vision Pro vão mesmo superar um punhado de marcas concorrentes em que despontam Meta Quest. Samsung, Sony, Lenovo, Microsoft e talvez a Google, que também já “sofre” de rumores – mas não como a Apple que, desde tempos imemoriais, nunca conseguiu sanar tão curiosa e persistente fuga de informação.

O início da viagem

Tim Cook, diretor executivo, a fazer de mestre de cerimónias em mais um evento de contraponto ao do iPhone, que ocorre em setembro, lembrou-se que os novos Vision Pro, juntamente com o sistema operativo VisionOS, são uma plataforma. E o anúncio desta segunda feira é apenas “o início da viagem”, prometeu o executivo da empresa mais valiosa da atualidade.

A entrada no reino dos óculos que produzem imagem arranca com a promessa de dezenas de videojogos no dia da estreia, uma parceria com a Disney+ - e a compatibilidade com Apple TV, e apps e aplicações que estão disponíveis nos computadores que correm o MacOS, ou nos iPhones, bem como a possibvilidade de reproduzir vídeos 3D.

Além do controlo com gestos, os Vision Pro dispõe de um botão e de uma rodela para o controlo de imagens e ferramentas

Apple

Como seria de esperar, a Apple não se contentou com uma só barricada tecnológica – e a prova disso é que os Vision Pro tanto garantem realidade virtual através de dois pequenos ecrãs que tapam os olhos e reproduzem imagens de 23 milhões de píxeis e ultra alta resolução (4K), mas também permitem ver o que se passa do lado de lá dos óculos. Mas não se julgue que tudo se passa como nas lentes transparentes: as imagens que chegam aos olhos são captadas por câmaras e sensores – e o sistema tenta distinguir-se do resto que há no mercado, precisamente, por fazer coabitar realidade virtual e realidade aumentada.

Resultado: o olhar pode estar centrado num quadro em que é reproduzido um vídeo, mas à volta desse quadro é possível o que se passa na sala ou no escritório – mimetizando o que acontece na vida real, quando um ecrã se encontra à frente, mas o ângulo de visão do utilizador abarca o que está à volta. Deste modo, o utilizador pode desfrutar da realidade virtual sem perder a noção do que acontece no local em que se encontra.

Além do entretenimento, os Vision Pro pretendem atuar como ferramenta de trabalho

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De notar que, a qualquer momento, o utilizador pode aumentar ou reduzir o quadro que reproduz um vídeo e escurecer ou aclarar o que está à volta desse ecrã, para garantir maior efeito imersivo. A compatibilidade com os computadores e os telemóveis da Apple deixa mesmo a porta aberta para os cenários profissionais ao permitir o acesso, através de redes sem fios, a aplicações e repositórios de dados que se encontram guardados nesses dispositivos.

O poder dos detalhes

Equipado com o processador M2 que assume funções mais genéricas, e o novo processador R1 que tem como função específica o controlo das 12 câmaras que debitam imagens para os pequenos ecrãs a uma cadência de 12 milissegundos, o Vision Pro promete tornar-se no pesadelo da concorrência através de detalhes.

Seguem-se dois exemplos: 1) a possibilidade de manipular e ajustar imagens, tal como o rato faz num portátil normal, mas essa interação é garantida com a ponta das mãos… no vazio, com a captação de imagens pelas câmaras destes óculos; e 2) na parte frontal vai ser possível ver uma representação dos olhos da pessoa que está a usar os óculos, mas também poderá acontecer que apenas se vê imagens desfocadas para confirmar que a pessoa está mesmo numa sessão mais imersiva.

A mesma tecnologia que permite recriar o olhar da pessoa também poderá revelar-se útil para recriar por inteligência artificial todo o rosto do utilizador durante sessões de videoconferência nos Vision Pro.

A Apple não se coíbe em garantir que os Vision Pro estão desenhados para “uso durante o dia todo” se conectados à tomada – e a confirmar-se que essa experiência de endurance não se traduz em cansaço ou enjoo será mesmo um feito de engenharia, ou um feito de resistência de quem os usa. Será a derradeira prova que a Apple terá de superar caso queira singrar no segmento. Com bateria, é suposto os Vision Pro suportarem duas horas de funcionamento.

Um coisa é certa: a Apple garante ue as apps usadas nos óculos não conseguem recolher dados do ambiente à volta, e mesmo o movimento dos olhos para os pequenos ecrãs que os tapam é protegido em nome da privacidade.

Com Mac Studio e Mac Pro, a Apple reforça o ataque às secretárias de todo o mundo

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Outros lançamentos

Perante a confirmação de um rumor que já andava a ganhar verdete nas redações desde 2018 e que talvez só seja superado pelo lançamento de um carro com a marca da maçã cuja data de arranque já se perdeu na mitologia da Apple, todos os lançamentos agendados para este 5 de junho se arriscavam à menoridade. E de alguma forma foi isso que aconteceu, ainda que possivelmente interessem a muitos milhões de pessoas – a começar pela estreia do iOS 17, o sistema operativo do iPhone que deverá estrear em setembro, para ser descarregado para iPhones XS ou posteriores.

Entre as novidades, figura a troca de contactos entre telemóveis, pela proximidade, a possibilidade de envio e receção de mensagens por Facetime (plataforma de videoconferência), e ainda a apresentação de dados e informação mais atual ou importante quando o telemóvel está a carregar – para que seja mais fácil a visualização à distância.

Não é só o iPhone que vai ganhar um novo sistema operativo: o iWatch passa a contar com a 10 edição do WatchOS, enquanto nos iPads a estreia dá pelo nome de iPadOS 17 e o nos computadores a estreia dá pelo nome de MacOS Sonoma que já dá um empurrão tecnológico para garantir maior desempenho nos videojogos.

A Apple deu conhecer o Macj book Air de 15 polegadas

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No hardware, destaque para o anúncio de dois novos computadores de secretária com o nome de Mac Pro e Mac Studio. No caso do Studio, há a estreia de dois processadores (M2 Max e M2 Ultra) e o lançamento arranca a 13 de junho, com preços que começam nos €2449. O Mac Pro deverá estrear a 13 de junho com preço a partir de €8499.

Por fim entre os lançamentos, há ainda a destacar o lançamento do portátil MacBook Air com ecrã de 15 polegadas, bateria para 18 horas de funcionamento e preço de 1699€. Também estreia na data mesmo dia de Santo António.

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